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Segundo a Gallup, trabalhadores que avaliam positivamente seu bem-estar têm mais que o dobro de chances de estar engajados no trabalho. E quando estamos engajados, somos mais produtivos, com menor chance de rotatividade e impulsionamos os resultados da organização. 


Esse é o círculo virtuoso da saúde mental: investir no bem-estar gera engajamento, o que sustenta melhores performances, que levarão a melhores resultados. 


Ignorar esse ciclo tem um custo. Em 2024, o Brasil bateu recorde de afastamentos por transtornos como ansiedade e depressão. Os dados do INSS mostram que foram mais de 470 mil casos, 68% a mais comparado ao ano anterior. 


A responsabilidade pela saúde mental não é exclusiva das empresas, mas os ambientes de trabalho podem ser grandes aliados – ou agravantes — da saúde emocional das pessoas.


Fomentar melhores ambientes de trabalho começa com uma liderança preparada, treinada para fazer a gestão das pessoas de maneira holística. Passa por práticas reais de incentivo ao bem-estar e uma construção ativa de ambientes com segurança psicológica. 


O impacto da saúde mental não é intangível, é mensurável e cada vez mais estratégico.

Nesta semana, foi divulgado o relatório anual sobre engajamento no trabalho. Pela segunda vez na série histórica, o percentual de trabalhadores engajados caiu: foi de 21% em 2024, comparado a 23% em 2023. 


O dado mais preocupante vem da liderança – houve queda significativa no engajamento de gestores, o que representa um risco direto para as equipes. Líderes desengajados tendem a formar times igualmente desmotivados.


Na América Latina e Caribe, o cenário foi um pouco mais positivo: 31% dos trabalhadores se declararam engajados, dois pontos acima da última edição.


Os efeitos da falta de engajamento são amplamente conhecidos, como o aumento do turnover e a queda na produtividade. 


As causas são múltiplas, mas há caminhos possíveis para reverter o cenário. 


Ambientes de trabalho engajados geralmente têm em comum:


  • Lideranças capacitadas e em desenvolvimento contínuo.


  • Políticas claras de promoção à saúde mental e bem-estar.


  • Segurança psicológica como prática organizacional.


  • Ferramentas e condições adequadas para o trabalho.

O levantamento do g1 me deixou estarrecida, especialmente porque esse número cresceu 68% comparado a 2023.


Embora não haja detalhamento das causas, podemos supor que são múltiplas: relacionadas ou não com o ambiente de trabalho.


Como gestores e empresas, o que podemos fazer diante desse cenário?


➡️ Entender que somos seres humanos integrados. Não dá para separar completamente os problemas pessoais dos profissionais - o que acontece em uma esfera da vida impacta a outra.


➡️ Criar um ambiente de acolhimento e direcionamento. Nem todos os problemas serão resolvidos pela empresa, mas oferecer suporte pode prevenir o agravamento de quadros e reduzir afastamento.


➡️ Ajustar prazos e atribuições de forma transparente. Sempre que possível, envolva o colaborador na conversa e estabeleça limites juntos, com o suporte da equipe de People (como HRBP) e profissionais de saúde.


➡️ Identificar oportunidades de melhoria no ambiente de trabalho. Se os dados indicam um número elevado de afastamentos em uma área específica, pode haver um problema estrutural que precisa ser endereçado.


Quebrar o estigma sobre saúde mental começa com a liderança.

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©2025 por Fernanda Rossin.

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